Grupo JWF quer crescer 10% em 2025 e tem em vista parceria para o mercado espanhol

Empresa assegura a eficiência energética dos equipamentos de aquecimento ou climatização dos seus clientes industriais, com ganhos que chegam a ser de quase 50% em alguns casos.
Fundação Champalimaud, hospitais CUF ou ANA Aeroportos são alguns dos clientes.
A JWF Group, especialista em equipamentos de aquecimento e climatização para o setor industrial, está apostada em crescer no mercado nacional, ao mesmo tempo que “pisca o olho” à vizinha Espanha, onde está a negociar uma parceria “muito forte”.
Com escritórios em Matosinhos e Lisboa, a empresa, mais conhecida pela marca com que opera, Loja Indústria, trabalha com grandes grupos como ANA Aeroportos, Tabaqueira, CUF ou Fundação Champalimaud, entre outros.
Fundada em 2006, com apenas dois funcionários, a JWF Group tem hoje 18 funcionários e ultrapassou, no ano passado, os dois milhões de euros de faturação.
Este ano espera um acréscimo na ordem dos 10% e chegar aos 2,2 milhões.
Em vista está uma possível aquisição.
Com uma carteira de aproximadamente dois mil clientes, entre os quais estão ainda nomes como os Vila Galé Hotéis, Holmes Place ou Cerealis, Dan Cake, Bimbo ou Panrico, a Loja Indústria faz “manutenções preventivas e preditivas”, bem como estudos energéticos aos seus clientes, tendo em vista “garantir a máxima eficiência energética” dos equipamentos que assiste. “Prevenir é o nosso lema”, diz o fundador e diretor-geral do grupo, garantindo que este compromisso “tem sido fundamental” para o crescimento da empresa.
Paulo Correia explica que “o sobredimensionamento dos equipamentos, que existe nomeadamente nos mais antigos, é responsável por 50% da ineficiência de uma instalação. É o mesmo que precisar de um carro para se deslocar 30 quilómetros por dia e fazê-lo num Ferrari. Gasta muito combustível para pouco resultado e gera ineficiência”.
Foi o que aconteceu com a Fundação Calouste Gulbenkian, cliente para o qual o estudo energético permite um aumento de eficiência e consequente redução de custos na ordem dos 47%. Mas não só.
O facto de as manutenções serem preventivas, como habitualmente, mas também preditivas, recorrendo a um monitoramento contínuo e à análise de dados para identificar, antecipadamente, potenciais problemas, permite à empresa garantir que, no ano passado, em cerca de 97% dos seus contratos de assistência houve zero avarias.
“Ou seja, o cliente não parou durante a vigência do contrato, o que numa indústria é vital.
Por exemplo, numa indústria de panificação, uma hora de paragem pode corresponder a milhares de euros de prejuízo”, refere o diretor- geral da JWF Group, sublinhando que trabalha com as principais panificadoras do país “já há vários anos”.
Este ano, o grupo vai investir cerca de 100 mil euros na criação de uma plataforma digital de monitorização para instalações antigas, o que lhe permitirá fazer a dita monitorização de forma remota, “mesmo em instalações antigas, que não têm qualquer tipo de ligação de dados”.
O investimento, que está em curso e só deverá estar disponível para arranque no início de 2026, inclui o desenvolvimento, testes e patentes.
O crescimento da Loja Indústria tem sido feito de forma orgânica, mas não só.
Em 2023, a JWF Group consolidou a sua posição no mercado com a aquisição da empresas concorrente, a MacLife.
Em vista estão outras aquisições, sobre as quais Paulo Correia não abre o jogo, assumindo que “o namoro ainda decorre”.
Além de Portugal, o grupo opera, de forma pontual, nos mercados brasileiro e angolano, dando assistência a equipamentos das marcas que representa.
“A nossa ideia, agora, é também piscar o olho ao mercado ibérico, com uma parceria muito forte, que estamos a negociar, e que possivelmente só para o ano estará concluída”, frisa.

Paulo Correia é o fundador e diretor-geral da JWF Group, especialista na assistência técnica a caldeiras e queimadores industriais, com foco na prevenção, sustentabilidade, inovação e eficiência.
Diário de Notícias / Dinheiro Vivo, edição de 20 junho 2025